segunda-feira, 23 de maio de 2011

GRIFO




 Grifo é uma criatura lendária com cabeça e asas de águia e corpo de leão. Sua conotação é (geralmente) positiva; pois representa a águia (rainha das aves) e o leão (rei dos animais terrestres). Fazia seu ninho perto de tesouros e punha ovos de ouro sobre ninhos também de ouro. Outros ovos são frequentemente descritos como sendo de ágata. Os grifos eram seres guardiães, que se cria guardarem tanto a cratera de vinho do deus Dioniso como o tesouro de Apolo situado no país dos Hiperbóreos, na Cítia.
Os grifos em geral cruzam com éguas. Desse cruzamento damos o nome de hipogrifo, mas tais cruzamentos são, de forma, raros.

Figura do Grifo.

Figura mitológica, o grifo era um ser fantástico que pertenceu a várias mitologias e foi reproduzido em diversas alturas da História, sendo bastante recorrente na Antiguidade, na Idade Média e na época renascentista.
A figura do grifo aparentemente surgiu no Oriente Médio onde babilônios, assírios e persas representaram a criatura em pinturas e esculturas. Voltaire incluiu na sua novela, A Princesa da Babilónia, dois enormes grifos amigos de uma fénix, que transportaram a princesa na sua viagem. Na Grécia acreditava-se que viviam perto dos hiperbóreos e pertenciam a Zeus. Também no Norte da Índia surgiram lendas relativas à intervenção dos grifos na procura do ouro. Aparecem referências a estes seres em obras como o Prometeu Agrilhoado, de Ésquilo, na qual denomina os grifos de "cães de Zeus". Filóstrato, escritor grego, referiu, na Vida de Apolônio de Tiana (livro VI. I), que os grifos da Índia eram guardiões do ouro. John Milton, no Livro II do Paraíso Perdido escreveu sobre os Arimaspos que se tentavam apoderar do ouro dos grifos. Também foi referido na poesia persa de Rumi. Na Idade Média Sir John Mandville escreveu sobre estes animais fabulosos no capítulo XXIX do seu célebre livro de viagens. Em tempos mais recentes, sua imagem passou a figurar em brasões, pois aparentemente possui muitas virtudes e nenhum vício.
Também são retratados em moedas, por exemplo, na lira italiana tem, entre outros desenhos, o de um grifo.

Inimigos dos Grifos.

Os grifos são inimigos mortais dos basiliscos. Há uma lenda de que os grifos entraram em combate com os cavalos que tentaram roubar o seu ouro. Assim, há uma grande rivalidade entre grifos e cavalos; fato que levou cavaleiros medievais a utilizar escudos com a imagem de grifos, para desencorajar os cavalos dos inimigos.

Simbolismo.

Como diversos animais fantásticos, incluindo centauros, sereias, fênix, entre outros, o Grifo simboliza um signo zodiacal, devido ao senso de justiça apurado, o fato de valorizar as artes e a inteligência, e o fato de dominar os céus e o ar, simboliza o signo de libra, a chamada balança.
Com o advento do Cristianismo, este sincretismo passou a simbolizar a união das duas naturezas de Jesus Cristo na sua pessoa.

Possível confusão.


 


Os grifos são possíveis confusões de fósseis de Protoceratops, dinossauros ceratopsídeos que viviam na Mongólia.

Significado do nome.

O seu nome, em grego, significa "recurvado", como alusão ao bico curvo de águia e às garras de leão. Provavelmente com origem no Médio Oriente, onde frequentemente se esculpiam em estruturas arquitectónicas (nomeadamente na Pérsia), tinham o nome de "querubim" ou kar?bu entre os Acádios.
A sua ligação à Pérsia e a presença de parte do corpo de um animal relacionado com o Céu como a águia e de um outro estreitamente conotado com a terra como o leão fez com que se associasse tanto aos magos persas, símbolo da sabedoria das coisas terrenas e celestes, como ao sincretismo dos poderes terreno e sobrenatural num só governante.

Desenho de Grifo.


Estatua de Grifo.

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